Protocolos cerâmicos e de resina são trabalhos complexos dentro da odontologia, sobretudo na digital.
Historicamente a metalocerâmica é o principal material utilizado, sendo uma barra metálica fundida com recobrimento cerâmico.
À medida que o fluxo digital vai se consolidando, novos materiais vão aparecendo.
Temos como exemplo o protocolo ZircoCerâmico, onde temos uma barra em zircônia fresada, que também receberá uma aplicação cerâmica.
Existe também o Protocolo Monolítico em Zircônia, sendo um corpo único, fresado já na forma final. A máquina entrega uma peça monolítica já com 80% do caminho andado. Restando ao ceramista que irá caracterizar a peça, esses 20%, que é onde há a diferenciação estética.
Nesse caso do Protocolo Monolítico em Zircônia, como não há aplicação de cerâmica para esculpir os dentes, pois a máquina já faz essa parte, resta ao ceramista “apenas” maquiar. Embora menos trabalhoso do que uma aplicação cerâmica, ainda assim depende de uma maquiagem efetiva para reproduzir os efeitos ópticos dos dentes naturais.
Como alternativa nesses casos para elevar o potencial de caracterização, também é cada vez mais comum a fresagem reduzindo a área vestibular, de modo a permitir que o ceramista aplique uma fina camada cerâmica para personalizar ainda mais do que a maquiagem, em média, consegue alcançar.
Dentro desse cenário, com os 4 exemplos de protocolos citados, temos uma fase que permeia todos eles, que é a fase de planejamento.
É nessa fase que avaliamos a passividade do projeto e um mundo de outras questões.
Usamos essa fase inclusive nos casos de metalocerâmica, pois historicamente soldas resolvem questões como passividade. Quando temos um planejamento efetivo, usando dispositivos de prova, conseguimos não apenas reduzir soldas no caso de metal, mas também ajustamos os protocolos em zircônia, de modo que na prova em boca não haja báscula, além da passividade.
O Index incolor permite verificar a passividade da peça sobre os implantes e fidelidade da realidade em boca. O protótipo impresso permite verificar a oclusão, a harmonia do sorriso, a sustentação de lábios, fonética, entre outros.
Dessa forma conseguimos seguir com a previsibilidade do caso, pois validamos o resultado na fase de planejamento.Isso é prever o resultado!
E na sua odontologia, será que funciona?
